quarta-feira, 14 de março de 2012

Saldo de dólares até 9 de março já é quase igual ao de fevereiro inteiro


 

                                        

 

 
   A entrada de dólares no país superou a saída em US$ 5,108 bilhões no acumulado de março até dia 9. O montante é praticamente o mesmo do total de fevereiro: US$ 5,705 bilhões. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (14) pelo Banco Central.No ano, o fluxo cambial acumula saldo positivo de US$ 18,095 bilhões, bem abaixo dos US$ 30,361 bilhões vistos no mesmo período de 2011.
A entrada de dólares no Brasil continuou firme na semana passada, apesar de uma leve queda em relação à semana anterior, mesmo após o governo ter anunciado medidas para diminuir os ingressos de recursos numa tentativa de conter uma valorização excessiva do real.
A diferença entra as entradas e saídas de dólares teve saldo positivo de US$ 2,642 bilhões na semana passada. Uma semana antes, entre os dias 27 de fevereiro e 2 de março, o fluxo havia sido positivo em US$ 2,920 bilhões.
O resultado da semana passada foi sustentado totalmente pelo segmento comercial, que registrou superavit de US$ 2,691 bilhões. A conta financeira --por onde passam os investimentos externos em carteira e produtivos, entre outros-- ficou negativa em US$ 49 milhões.

Forte entrada de dólares no Brasil

Os fortes ingressos de recursos no país têm contribuído para a queda do dólar, que no mês passado chegou a cair abaixo de R$ 1,70, levando o BC a voltar a intervir no mercado e o governo a adotar medidas para frear o intenso fluxo de dólares.
O governo tem endurecido o tom contra a chamada "guerra cambial". Apenas em 1º de março foram duas medidas para frear a entrada de dólares no país, cerca de um mês após o BC ter retomado operações de compra de dólares nos mercados à vista e a termo, bem como leilões de swap cambial reverso, que equivalem a uma aquisição de moeda no mercado futuro.
Na última segunda-feira, o governo voltou a agir, elevando o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) a 6% sobre empréstimos externos com prazos de até cinco anos. O prazo foi ampliado onze dias depois de o governo elevar a alíquota do imposto sobre operações de até três anos.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem repetidamente dito que o governo não permitirá uma apreciação do real para não prejudicar ainda mais a indústria brasileira.
Na terça-feira, Mantega afirmou que o governo é partidário do câmbio flutuante, mas "não podemos fazer papel de bobos" num momento de grande liquidez internacional, que tende a valorizar moedas locais e prejudicar seus mercados.

Compras do BC

O BC informou também que liquidou US$ 958 milhões em compras de moeda no mercado à vista na semana passada. Na semana anterior, o BC havia liquidado US$ 842 milhões nessa modalidade. Considerando o mês, as compras liquidadas ficaram em US$ 1,214 bilhão.
As intervenções no mercado de câmbio pelo BC fazem parte da estratégia do governo de conter a apreciação do real. A autoridade monetária retomou as compra de dólares nos mercados vista e a termo no mês passado e realizou também leilões de swap cambial reverso, que equivalem a uma aquisição de moeda no mercado futuro.
O BC, no entanto, não atua diretamente no mercado desde 5 de março. 
(Com informações da Reuters e do Valor)
 
 
Do UOL, em São Paulo
14/03/2012 - 16h04
 
http://economia.uol.com.br/
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