sexta-feira, 30 de março de 2012

Brasileiro pode investir a partir de hoje nas Bolsas dos Brics


 

 

Uma parceria inédita vai permitir que os investidores brasileiros apostem na oscilação dos principais índices da Bolsas de Valores dos países que fazem parte dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

A BM&FBovespa começa a negociar a partir desta sexta-feira (30), em forma de contrato futuro, a listagem de derivativos de seis índices de Bolsas. São eles: Micex (Rússia), Sensex (Índia), Hang Seng Hong Kong e Hang Seng China Enterprises (ambos na China) e FTSE/JSE Top40 (África do Sul).

 

O Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) também passa a ser listado em forma de contrato futuro nas Bolsas desses países.

O mercado futuro é a negociação de ações a um preço definido entre compradores e vendedores, com vencimento em uma data determinada em contrato.

Segundo a Bovespa, essa é a primeira iniciativa no mundo entre cinco Bolsas para listagem cruzada de seus mais importantes índices de ações.

As Bolsas envolvidas planejam também desenvolver um índice comum para os Brics.

Empresas tentam se proteger de oscilações do mercado

As empresas utilizam os contratos futuros para se protegerem de grandes oscilações do mercado que poderiam trazer perdas financeiras, o chamado hedge. Mas esse tipo de contrato também é utilizado para a especulação.

Os contratos futuros da Bovespa possuem ajustes diários, sendo atualizados todos os dias de acordo com o fechamento do pregão. Por esse motivo é preciso ter uma sobra de caixa para acompanhar as oscilações do índice. Por exemplo, caso o Ibovespa tenha uma forte queda no dia, o investidor terá que pagar de acordo com a desvalorização.

Os principais contratos futuros no país são os da própria Bovespa, além de contratos de câmbio e juros.

Investimento para profissionais experientes

Investir no mercado futuro não é a melhor opção para iniciantes, segundo o economista chefe da Corretora Souza Barros, Clodoir Vieira.

"O investimento em índice futuro é indicado para um profissional com experiência no mercado de capitais. Por ter uma volatilidade muito grande, não é aconselhável para quem está chegando agora na Bolsa", disse.

O economista fala ainda sobre a necessidade de conhecer profundamente os mercados em que serão investidos o dinheiro.

"Quem optar por essa modalidade de investimento precisa conhecer o mercado no qual está investindo. No Brasil, o Ibovespa é muito afetado pela ações de Petrobras e Vale, por isso é necessário sempre acompanhar o comportamento delas. No exterior, é necessário conhecer e acompanhar as empresas que afetam esses índices", declarou.

 

 

 



__,_._,___

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Twitter: